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Prometheus

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Mensagem por Nacka Qua Jun 27, 2012 11:07 pm

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O visionário diretor Ridley Scott retorna ao gênero que ele ajudou a definir, criando um épico de ficção-científica original em um dos lugares mais perigosos do universo. O filme une uma equipe de cientistas e exploradores em uma jornada que testará os limites físicos e mentais, coloncando-los em um mundo distante, onde eles descobrirão as respostas para nossos dilemas mais profundos e para o grande mistério da vida.

hehehe... acrescente aí um robô com personalidade própria e novos monstrinhos.
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Mensagem por Jack Ryan Qua Jun 27, 2012 11:09 pm

Meu texto em inglês, que eu ainda não tive saco de traduzir, hehehe:

http://proscontras.wordpress.com/2012/06/16/prometheus-ridley-scott-2012/
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Mensagem por Dook Qui Jun 28, 2012 8:29 am

Estou pra escrever um texto no meu blog, mas de qq forma, o filme é espetacular...
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Mensagem por Cremildo Qui Jun 28, 2012 10:30 am

Escrevi dois textos sobre o filme no meu blog. Vou reproduzi-los aqui. Desde A.I. que um filme me fascinava tanto.

COMENTÁRIO:
Criação/destruição; gênese/fim; pais/filhos; fé/ciência. Conceitual e tematicamente afeito a dualismos, Prometheus segue o molde de anomalias hollywoodianas pensativas embrulhadas em roupagem espetaculosa ilusória (Blade Runner, A.I., Matrix etc.). Subverte o mito bíblico criacionista, afastando a amorosa, compreensiva figura de Deus por impassíveis “geneticistas do espaço”, alvas criaturas intergaláticas aptas a engendrar novas formas de vida, fertilizar planetas desertos e… Mudar de ideia, arrependendo-se e irritando-se com a “prole”, por motivos insondáveis, procedendo à aniquilação deles.

Se existem indivíduos cujo normal crescimento é prejudicado pela ausência de amor da parte de quem os pariu ou criou, o que dizer da humanidade caso fosse confrontada com o fato de os entes superiores dos quais descende nutrirem por ela um desprezo glacial, senão letal? De que maneira conciliar esse entendimento recém-adquirido, completamente transformador, com o conhecimento acumulado por milênios? Como reprogramar a espiritualidade que inspira parcela dominante da população?

As sensações provocadas pelo desbravamento do terreno fértil em significados, herdado da mitologia do canônico Alien – O Oitavo Passageiro, abarcam desde o pavor imediato (face ao destino cruento reservado às proverbiais buchas-de-canhão) até a desesperança que vai escalando à medida que se torna perceptível o erro de julgamento cometido pela heroína (suposto convite dos deuses conclamando os terráqueos a um encontro revela-se uma armadilha traiçoeira).

Tal qual um face hugger, calculista, Prometheus espreita o público, envelopando-o numa atmosfera malevolente para, então, assaltá-lo de súbito, inoculando-o insidiosamente com generosas doses de inquietação. Há críticas parcialmente procedentes: figuras unidimensionais descartáveis (copilotos da espaçonave), comportamentos incompreensíveis (o biólogo brincando com uma cobra-d’água alienígena). Detratores aproveitam a deixa para fustigar Damon Lindelof por esquecer de tonificar cenas prenhes de potencial inexplorado. Anuir por inteiro com tais objeções implicaria em incorrer numa falácia, pois equivaleria a condenar o filme tendo por base o que deveria ou poderia ter sido, de acordo com as expectativas do autor das ressalvas, em vez de analisar pelo que de fato é.

As sementes de noções encorpadas o suficiente para causar pesadelos fazem-se presentes desde o prólogo; algumas brotam com vigor mais aparente. Ridley Scott e seu time mereceriam o rótulo de pedantes na hipótese de haverem tencionado acomodar todas as respostas no projeto. Em vez disso, oferecem umas, sugerem outras, enquanto encorajam a indagação de questões ulteriores, abertas ao debate.


ANÁLISE:
O ensaio de John Kenneth Muir, no qual ele oferece sua interpretação da simbologia visual e dos eventos narrados em Prometheus, é o mais elucidativo com que me deparei até agora.

Jornalista, autor renomado de obras sobre horror e ficção científica, dono de um site e um blog dedicados a destrinchar a fundo programas de ambos os gêneros, sejam televisivos ou cinematográficos, Muir adotou uma perspectiva que ressalta as dicotomias abudantes no roteiro assinado por Damon Lindelof, fazendo ponte temática com um marco anterior comandado por Ridley Scott, o filosófico Blade Runner.

Faço questão de chamar a atenção a essa leitura porque é tão bem fundamentada – inclusive apontando para evidências localizáveis não só em Prometheus como também na série Alien -, pensada e desenvolvida com tamanha consistência que me convenceram de que cada decisão tomada pelas mentes criativas por trás dos ambiciosos conceitos burilados na trama confeccionada para esta alardeada prequel/side story foi deliberada, ao contrário do que sustentam críticos que a acusam de atirar no escuro, ser por demais ambígua a ponto de redundar na inescrutabilidade ou dar um passo maior que a perna.

O mote do filme reside no antagonismo entre pais e filhos, criadores e criaturas. Em específico, no rito de ‘passagem do bastão’, no qual o progenitor, que viveu o suficiente, deve ceder espaço à prole, que tomará o espaço do antecessor para iniciar a construção de um legado próprio. É sumarizadora a fala de Meredith Vickers (Charlize Theron) – “A king has his reign… And then he dies. It’s inevitable” – dirigida ao patriarca, Peter Weyland (Guy Pearce), cuja meta é a imortalidade, implicando no impedimento do processo de amadurecimento da filha ao mesmo tempo em que desvirtua o ciclo natural das coisas.

Esse dilema é ecoado de modo a transcender o nível individual. Semelhante embate dá-se entre Engenheiros e humanos – e entre o androide David e seu mestre-construtor Weyland (ou a raça humana em geral). É o rei que não quer ceder o trono ao legítimo herdeiro, e o herdeiro que ambiciona tomar o trono do rei, que lhe é de direito.

Quando o único Engenheiro sobrevivente da suposta epidemia de 2000 anos atrás, que dizimou os colegas, desperta do estado de hibernação e se depara com aquelas pessoas – frutos da sua espécie, direta ou indiretamente – arrogantemente abordando-o como um igual, questionando-o, fazendo exigências, num tipo de delírio existencial narcisista, ele se enfurece. Por quê? Um misto de receio e indignação, talvez. Ora, o descendente inferior está esquecendo-se de permanecer no devido lugar, implicando na possibilidade de ele vir a sobrepujá-lo no futuro.

Interessante notar que, pela breve reação, o space jokey dá sinais de ter percebido que David era um ser artificial. O insulto se agrava. O gigante alabastrino deve ter matutado: somos deuses, capazes de originar a vida e nossa criação ousa fazer o mesmo? Qual a próxima etapa, destruir-nos? É a partir daí que o título adquire sentido, metaforicamente. O titã do mito grego roubou o fogo, exclusivo aos deuses do Olimpo, para entregá-lo aos mortais, elevando-os a uma posição de superioridade sobre outros animais. Foi castigado por Zeus. O Prometeu de Scott não se resume à figura óbvia de Peter Weyland em busca de driblar a morte, herdeiro espiritual dos replicantes de Blade Runner. Todos espelhamos essa transgressão enquanto espécie, alimentando a pretensão de ficarmos à mesma altura de Deus.

Muir densifica essas ruminações lançando mão de questionamentos direcionados e suposiçõescríveis, como a possibilidade de os humanos consistirem em mero experimento, projeto em andamento ou um acidente dos Engenheiros enquanto experimentadores genéticos. Em outra linha de reflexão, ele se debruça sobre as motivações e a personalidade aparentemente nebulosas de David, empregando Lawrence da Arábia como fonte de pistas para decodificar o personagem, cujas ações propositais carregam um peso de suma importância no desenrolar dos fatos, coadunando-se à malha temática do filme. À semelhança do peixe fora d’água T.E. Lawrence (Peter O’Toole), espremido entre os ingleses e os árabes em meio a uma revolução histórica no clássico de Lean, o androide de Scott não pertence a nenhum dos times em contenção. Todavia, é dotado de singularidade o bastante para, com desenvoltura, perseguir seus próprios desígnios, tirando vantagem ora dos seus fabricantes terráqueos, ora dos “avós” alienígenas.

Adiante no texto, Muir volta sua atenção à protagonista, Elizabeth Shaw, órfã já na tenra infância, de ventre estéril, destrinchando sua carência familiar como gênese da enraizada fé religiosa à qual ela insiste em se apegar, mesmo sendo cientista e depois de confrontada com a existência dos entes extraterrestres. A crença a impulsiona, ao final, a prosseguir na jornada rumo ao planeta natal dos Engenheiros, em busca de respostas sobre as origens da humanidade ou sobre o Deus supremo que, por sua vez, pode haver concebido os space jokeys.

Há outras dissertações elucidativas, oferecedoras de especulações racionalizadas, inspiradas pelo manancial de significados embutidos em Prometheus (como a publicada no Rope of Silicon). Entretanto, a intelecção exauriente de John Kenneth Muir as sintetiza e expande, com exímia comunicabilidade, destacando-se como um testamento de referência à complexidade não raro elusiva a pulsar na mais rica F.C. desde 2001, ano do advento de A.I. Inteligência Artificial.
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Mensagem por Beckin Qui Jun 28, 2012 6:00 pm

Eu curti. Não achei uma op, mas é tri divertido, misterioso na medida certa e o Scott cria uma atmosfera bem envolvente durante o tempo inteiro. Visualmente é demais também. E o Fassbender mais uma vez provando porque é o ator dessa geração...

E eu gosto muito do fato do filme levantar questões sem se sentir na necessidade de responder tudo. Uma pena que isso seja uma exceção dificil de se encontrar nos dias de hoje...
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Mensagem por Renato Dom Jul 01, 2012 12:20 am

Eu gostei do filme. Mas a parte final com o Engenheiro serial killer e a falha na conexão com Alien me incomodou um pouco.
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Mensagem por Cremildo Dom Jul 01, 2012 10:32 am

Renato escreveu:a falha na conexão com Alien

Qual?
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Mensagem por Jail Dom Jul 01, 2012 12:10 pm

Também curti muito mas com ressalvas. Não seria aquela OP, mas chega perto.

Anyways, estou esperando a sequel (ou as sequels, não sei).

Cremildo escreveu:
Renato escreveu:a falha na conexão com Alien

Qual?

Não tem uma conexão direta, mas tem elementos ali que ligam. Mas acho que o Ridley deve fazer uma conexão direta nas continuações (creio eu).
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